"Conversão de São Paulo": Adoração eucarístic

02-11-2011 10:55

 

Adoração Eucarística

 

Exposição do Santíssimo

 

Cântico:         Meu Deus eu creio, adoro espero e amo-Vos;

peço-Vos perdão para os que não crêem,

não adoram, não esperam e não Vos amam. (3 vezes)

 

Invocação:      Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereço-Vos o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que ele mesmo é ofendido. E, pelos méritos infinitos do Seu santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-vos a conversão dos pobres pecadores.

Momento de silêncio

 

Introdução:     Ir ao coração da Fé. O título da carta pastoral para este ano lança-nos um desafio de aprofundamento da nossa fé, de nos tornarmos cada vez mais adultos na nossa relação com Deus. O Sr. Bispo convida-nos a fazer este caminho de maturação com São Paulo. Ele que viveu uma relação profunda e viva com o Senhor, ajuda-nos a darmos os mesmos passos no encontro com Jesus.

                        Neste tempo de adoração, diante de Jesus, o mesmo que apareceu a Paulo a caminho de Damasco, deixemo-nos iluminar pelo encontro que transformou a vida de Paulo, para que também nós nos possamos renovar no encontro com o Salvador.

 

Momento de silêncio

 

Cântico:         Cristo Jesus, tu me chamaste,

eu Te respondo: estou aqui!

Tu me chamaste pelo meu nome,

Eu Te respondo estou aqui.

 

Quero subir à montanha, quero ouvir a tua voz

Quero subir à montanha e falar contigo a sós.

 

Oração:          Senhor Jesus Cristo, que aparecendo a Paulo no caminho de Damasco lhe iluminaste o caminho de conversão da sua vida, e o tornaste um apóstolo do Teu Evangelho para todos os povos, dá-nos a graça de caminharmos para Ti, como ele, dando testemunho da Tua verdade. Tu que és Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.

 

Leitura bíblica (Act 9, 1-18)

 

Introdução:     O momento da conversão de São Paulo é tão marcante que Lucas o narra por três vezes nos Actos dos Apóstolos.

«O texto descreve Saulo – que tinha também o nome romano de Paulo – como um judeu praticante e zeloso das tradições religiosas e, por isso, adversário e perseguidor dos cristãos. Foi durante uma viagem em que se dispunha a prender cristãos, já perto de Damasco, que este homem, natural de Tarso, na actual Turquia, teve esse encontro decisivo com Cristo» (D. António Marto).

Escutemos o texto do capítulo 9 dos Actos dos Apóstolos.

 

Leitor 1:           Leitura do livro dos Actos dos Apóstolos

Saulo, entretanto, respirando sempre ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, foi ter com o Sumo Sacerdote e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, se encontrasse homens e mulheres que fossem desta Via, os trouxesse algemados para Jerusalém.

Estava a caminho e já próximo de Damasco, quando se viu subitamente envolvido por uma intensa luz vinda do Céu.

Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: «Saulo, Saulo, porque me persegues?»

Ele perguntou: «Quem és Tu, Senhor?»

Respondeu: «Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Ergue-te, entra na cidade e dir-te-ão o que tens a fazer.»

Os seus companheiros de viagem tinham-se detido, emudecidos, ouvindo a voz, mas sem verem ninguém. Saulo ergueu-se do chão, mas, embora tivesse os olhos abertos, não via nada. Foi necessário levá-lo pela mão e, assim, entrou em Damasco, onde passou três dias sem ver, sem comer nem beber.

Havia em Damasco um discípulo chamado Ananias. O Senhor disse-lhe numa visão: «Ananias!»

Respondeu: «Aqui estou, Senhor.»

O Senhor prosseguiu: «Levanta-te, vai à casa de Judas, na rua Direita, e pergunta por um homem chamado Saulo de Tarso, que está a orar neste momento.»

Saulo, entretanto, viu numa visão um homem, de nome Ananias, entrar e impor-lhe as mãos para recobrar a vista.

Ananias respondeu: «Senhor, tenho ouvido muita gente falar desse homem e a contar todo o mal que ele tem feito aos teus santos, em Jerusalém. E agora está aqui com plenos poderes dos sumos sacerdotes, para prender todos quantos invocam o teu nome.»

Mas o Senhor disse-lhe: «Vai, pois esse homem é instrumento da minha escolha, para levar o meu nome perante os pagãos, os reis e os filhos de Israel. Eu mesmo lhe hei-de mostrar quanto ele tem de sofrer pelo meu nome.»

Então, Ananias partiu, entrou na dita casa, impôs as mãos sobre ele e disse: «Saulo, meu irmão, foi o Senhor que me enviou, esse Jesus que te apareceu no caminho em que vinhas, para recobrares a vista e ficares cheio do Espírito Santo.»

Nesse instante, caíram-lhe dos olhos uma espécie de escamas e recuperou a vista. Depois, levantou-se e recebeu o baptismo.

Palavra do Senhor

 

Momento de silêncio

 

Cântico:         Ide por todo o mundo, anunciai a Boa Nova.

                        Ide por todo o mundo, anunciai a Boa Nova.

 

                        Os céus proclamam a glória de Deus

                        E o firmamento anuncia a obra das suas mãos.

                        O dia transmite ao outro a sua mensagem

                        E a noite a dá a conhecer à outra noite.

 

                        Não são palavras nem linguagem

                        Cujo sentido se não perceba.

                        O seu eco ressoou por toda a terra

                        E a sua notícia até aos confins do mundo

 

Meditação do texto

 

Introdução:     «O acontecimento [da conversão de São Paulo] é descrito [nesta leitura dos Actos dos Apóstolos] através de uma linguagem simbólica, com o objectivo de expressar em palavras algo que excede a linguagem humana. Interessa-nos pois, compreender a experiência sobrenatural de grande densidade que as palavras e os símbolos deixam entrever.

Como na sequência de um filme, o episódio desenrola-se em três cenas de extraordinário efeito.» (D. António Marto)

 

Seguindo a proposta do Sr. Bispo, no número 2 da carta pastoral, Ir ao coração da Fé, procuremos fazer a leitura orante deste texto da conversão de São Paulo, seguindo cada uma destas três cenas.

 

Leitor 2:           «Tudo começa, sendo Paulo “envolvido subitamente por uma luz intensa vinda do céu”. O facto de tudo suceder subitamente acentua o carácter inesperado do acontecimento: trata-se de uma graça divina completamente gratuita, imprevisível, extraordinária. Deus é sempre surpresa e surpreendente!

A luz intensa vinda do céu faz referência a uma experiência divina. Como sucedera tantas vezes ao longo do Antigo Testamento, Deus manifesta a sua presença grande e maravilhosa, através de uma luz intensa, que deslumbra a pessoa e a eleva a uma realidade nova fascinante.

Paulo não só vê essa luz, mas é envolvido totalmente por ela: não é algo exterior que ele contempla, mas toca toda a sua pessoa, abarca todo o seu ser e deixa-o cego.  É o esplendor do Ressuscitado que o cega. De facto, Cristo “é um abismo de luz que cega e desassossega”.

O fulgor no qual é envolvido faz com que caia por terra, expressão do assombro e atitude de adoração. Cai por terra, sim, mas não cai no vazio. Na realidade, cai nos braços do amor de Cristo, como mais tarde virá a descobrir. Paulo está fora de si, rendido ao que acaba de experimentar, incapaz de dizer ou fazer o que quer que seja.»

 

Momento de silêncio

 

Oração:          Jesus Cristo ressuscitado, luz no caminho de São Paulo, ilumina o nosso caminhar de todos os dias. Contemplando-Te neste mistério da Eucaristia, possamos também nós experimentar-te como esse “abismo de luz que cega e desassossega”, e nos deixemos cair nos braços do teu amor que se entrega como alimento de vida eterna. Tu que és Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.

 

Cântico:          Senhor, Tu és a luz que ilumina a terra inteira,

                        Tu és a luz que ilumina a minha vida.

 

                        Cantai ao Senhor um cântico novo,

                        Cantai ao Senhor, terra inteira

                        Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.

 

Leitor 3.           «Uma voz irrompe e interroga-o: Saulo, Saulo, porque me persegues? A resposta de Paulo mostra, uma vez mais, o assombro e o mistério no qual se sente envolvido: ainda não percebeu o que está a suceder e, menos ainda, de quem é a voz que o interroga. Por isso, responde com uma pergunta: Quem és tu, Senhor? A resposta que recebe é a chave, a explicação de toda a experiência: é Jesus! Mas a frase tem um peso enorme: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues”.

O texto original grego é muito expressivo: ao utilizar literalmente o pronome pessoal “eu” (só se utiliza nos casos em que se quer sublinhar, num modo particular, o sujeito) acompanhado pelo verbo ser (eu sou), tem uma referência clara ao nome de Deus como foi revelado a Moisés. Jesus ressuscitado revela-se assim a Paulo como sendo Deus. Quem lhe veio ao encontro, era o Deus que ele servia e a quem queria ser fiel. Mas agora descobre que esse Deus se identifica com a Pessoa de Jesus, a quem ele estava a perseguir na pessoa dos cristãos.»

 

Momento de silêncio

 

Oração:          Jesus Cristo ressuscitado, verdadeiro homem e verdadeiro Deus, que te fazes presente nos mais pequenos, que te fazes presente na pequenez do Pão que é tomado, abençoado, partido e entregue para se tornar alimento para todos, ajuda-nos a amar-Te em todos quantos se cruzam connosco nos caminhos das nossas vidas. Como Paulo, possamos identificar-Te e amar-Te em cada irmão. Tu que és Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.

 

Cântico:          Se vos amardes uns aos outros

                        Deus permanece em Vós.

Se vos amardes uns aos outros

                        Deus permanece em Vós.

 

                        É este o meu mandamento

                        Que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei.

 

Leitor 4:           «Segue-se uma ordem. “Ergue-te, entra na cidade e dir-te-ão o que tens a fazer”. É a continuação lógica do anterior. O “erguer-se”, alude à ressurreição. Significa a nova etapa que começa e é a única resposta que a pergunta de Jesus pode ter: dispor-se a uma vida nova, a um novo começo. A partir de agora, já não será ele a decidir o que deve fazer; será a comunidade, a Igreja que lhe transmitirá o que Deus dele pretende.

O facto de Paulo, ainda cego, ter de ser levado pela mão e estar sem comer nem beber durante três dias até que lhe imponham as mãos e seja baptizado, acentua a profundidade do sucedido: a necessidade de interiorizar o acontecimento e a necessidade de purificação e preparação para entrar plenamente na Igreja. Só então, Paulo recupera a luz que a “visão” tinha cegado.

É curioso que Ananias, a quem Deus ordena ir ter com Paulo, ainda sem saber da sua conversão, mostre medo de o encontrar pela fama que tinha. A resposta consoladora que recebe de Deus é um resumo daquela que será a vida de Paulo a partir daquele momento: “Vai, pois esse homem é instrumento da minha escolha, para levar o meu nome entre os pagãos, os reis e os filhos de Israel. Eu mesmo lhe hei-de mostrar quanto ele tem de sofrer pelo meu nome!”

No futuro, devido a este encontro com Jesus, Paulo intitula-se e é reconhecido por todos como Apóstolo, equiparado aos doze que conviveram com Jesus durante os três anos da sua vida pública.»

 

Momento de silêncio

 

Oração:          Jesus Cristo ressuscitado que, aparecendo no caminho de Paulo, o transformaste com a luz da Tua presença, tornando-o apóstolo da Tua Palavra, abre os olhos do nosso coração e da nossa inteligência, para que Te conheçamos e amemos de verdade. E também nós, acolhendo-Te como alimento na Eucaristia, possamos ser chamados teus amigos. Tu que és Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.

 

Cântico:          Já não vos chamo servos, mas amigos

                        Porque vos dei a conhecer

                        Tudo o que ouvi de meu Pai

 

                        Bendito seja Deus,

Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo

                        Que do alto do céu nos abençoou

                        Com todas as bênçãos espirituais em Cristo.

 

Hino de Efésios 1, 3-10

 

Introdução:     «O caminho de Damasco tornou-se um símbolo universal para indicar não só uma mudança existencial, mas também uma verdadeira fulguração que transforma e transfigura todo o ser de uma pessoa. Além disso, tornou-se um paradigma do caminho espiritual de todo o cristão, um itinerário de conversão, de fé e de amor a Cristo, que começa pela experiência pessoal do encontro com ele.» (D. António Marto)

 

                        Usando as palavras do apóstolo São Paulo, na carta aos Efésios, louvemos Jesus Cristo ressuscitado que se fez presente no seu caminho, e que se faz presente, para nós, em cada Eucaristia. E em atitude de louvor, cantemos:

           

Cântico:          Graças te damos, Senhor, de todo o coração

                        Graças te damos, Senhor, cantando teu louvor.

                       

Leitor 5:           Bendito seja Deus,

Pai de nosso Senhor Jesus Cristo

Que do alto dos céus nos abençoou

Com todas as bênçãos espirituais em Cristo.

Ele nos escolheu antes da criação do mundo

Para sermos santos e irrepreensíveis,

Em caridade, na sua presença.

 

Cântico:          Graças te damos, Senhor, de todo o coração

                        Graças te damos, Senhor, cantando teu louvor.

 

Leitor 5:           Ele nos predestinou, de sua livre vontade,

para sermos seus filhos adoptivos, por Jesus Cristo,

para que fosse enaltecida a glória da sua graça

com a qual nos favoreceu em seu amado Filho;

Nele temos a redenção, pelo seu sangue,

A remissão dos nossos pecados;

Segundo a riqueza da sua graça

Que Ele nos concedeu em abundância,

Com plena sabedoria e inteligência,

Deu-nos a conhecer o mistério da sua vontade:

Segundo o beneplácito que nele de antemão estabelecera

Para se realizar na plenitude dos tempos:

Instaurar todas as coisas em Cristo,

Tudo o que há nos céus e na terra.

 

Cântico:          Graças te damos, Senhor, de todo o coração

                        Graças te damos, Senhor, cantando teu louvor.

                       

Oração:          «Senhor, tu que guiaste São Paulo por caminhos misteriosos e o fizeste aportar à Europa, até junto de nós, para nos trazer a Tua Palavra, faz com que nós o acolhamos hoje e acolhamos o Teu admirável desígnio de salvação que ele proclamou com desassombro.» (D. António Marto)

 

Bênção do Santíssimo

 

Cântico           Ó verdadeiro corpo do Senhor,

nascido para nós da Virgem Mãe,

penhor da eterna glória prometida!

Ó verdadeiro corpo do Senhor!

 

O cordeiro de Deus oferecido

A Seu eterno Pai em sacrifício,

Morre na Cruz para salvar o mundo

 

Oração           Senhor Jesus Cristo que, neste admirável sacramento, nos deixaste o memorial da vossa paixão, concedei-nos, Vos pedimos, a graça de venerar de tal modo os mistérios do Vosso Corpo e Sangue que sintamos continuamente os frutos da vossa redenção. Vos que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.

 

Bênção do Santíssimo

 

Louvor final:    Bendito seja Deus

Bendito o Seu santo Nome

Bendito Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem

Bendito o Nome de Jesus

Bendito o Seu Sacratíssimo Coração

Bendito o Seu Preciosíssimo Sangue

Bendito Jesus no Santíssimo Sacramento do Altar

Bendito o Espírito Santo Paráclito

Bendita a excelsa Mãe de Deus, Maria Santíssima

Bendita a sua Santa e Imaculada Conceição

Bendita a sua gloriosa Assunção

Bendito o nome de Maria Virgem e Mãe

Bendito São José, seu castíssimo Esposo

Bendito Deus nos Seus Anjos e nos Seus Santos.

 

Cântico          Cantarei ao Senhor enquanto viver

                        Grato lhe seja o meu canto, grato lhe seja o meu canto.

 

Bendiz ó minha alma o senhor

Senhor, meu Deus, como vós sois grande

Revestido de esplendor e majestade

Envolvido em luz como num manto