Eucaristia e o Sacramento do Baptismo

Eucaristia e o Sacramento do Baptismo

Sendo a Eucaristia o próprio Cristo, Pão vivo que nos dá a vida, os outros sacramentos de iniciação existem para tornar possível o acesso a tal sacramento, já que,de facto, somos baptizados e crismados em ordem à Eucaristia. O sacramento do Baptismo, pelo qual somos configurados a Cristo, incorporados na Igreja e feitos filhos de Deus, constitui a porta de acesso a todos os sacramentos através dele somos inseridos no único Corpo de Cristo (1 Cor 12, 13). Mas é a participação no sacrifício eucarístico que aperfeiçoa em nós o que recebemos no Baptismo (SC 17). O Espírito Santo concede-nos os seus dons para que se vá edificando o Corpo de Cristo,  portanto a santíssima Eucaristia leva à plenitude a iniciação cristã e coloca-se como centro e termo de toda a vida sacramental.

 

Neste documento o Papa recorda haver tradições diferentes no que respeita à ordem dos sacramentos de iniciação, sobretudo entre as Igrejas orientais e a prática ocidental. Aponta então como critério a ter em conta que se deve optar pela prática que melhor pode, efectivamente, ajudar os fiéis a colocar no centro o sacramento da Eucaristia como realidade para a qual tende toda a iniciação.

 

Acrescenta que é necessário que o cristão seja ajudado, pela acção educativa das nossas comunidades, a maturar cada vez mais, até chegar a assumir na sua vida uma orientação autenticamente eucarística (cf. SC 18). O papel da comunidade eclesial e da família neste percurso dos sacramentos de iniciação é também sublinhado. Não é possível considerar o acesso a estes sacramentos sem ter em conta a família, que também se deve sentir envolvida: receber o Baptismo, a Confirmação e abeirar-se pela primeira vez da Eucaristia são momentos decisivos, não só para a pessoa que os recebe, mas também para toda a sua família.

 

À comunidade, por sua vez, compete apoiar sempre a família na sua tarefa educativa. O Papa chama a atenção para a relevância da Primeira Comunhão no percurso pessoal de cada cristão, já que este dia permanece justamente gravado na memória como o primeiro momento em

que se percebeu, embora de forma ainda inicial, a importância do encontro pessoal com Jesus, o que deve levar a pastoral paroquial a valorizar adequadamente esta ocasião tão significativa  (cf. SC 19).